quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Portugal 2013

Janeiro de 2013
Surgem os primeiros sinais do cumprimento dos objetivos do orçamento, a maioria das pessoas começa a ter de optar entre comida e a prestação da casa ao Banco

Fevereiro de 2013
Aumenta a pressão dobre o Governo mas o Governo não recua na estratégia orçamental, começam os primeiros distúrbios violentos, alguns polícias recu
sam controlar a ação dos manifestantes.

Muitas famílias da classe média recorrem agora aos bancos alimentares.


Março de 2013

Conhece-se o défice de 2012 que ficou perto dos 10% e dá-se pela primeira vez uma reformulação governamental de fundo, Vítor Gaspar (considerado por Passos Coelho como muito brando) é substituído por Fernando Ulrich e António Mexia ocupa agora a pasta da economia.

O Governo inicia de imediato a guerra à evasão fiscal mas sem qualquer resultado, pois devido ao aumento galopante da economia paralela o sistema não permite determinar quais as empresas que de facto fogem aos impostos e as que não fogem. Na dúvida, todas são obrigadas a pagar, mesmo as que nada deviam.

O horário de trabalho aumenta para as 60 horas sem direito a pagamento de horas extras e as empresas passam a ter o direito de celebrar contratos diários com os trabalhadores.

O Governo oferece passagens de avião a todos os que queiram emigrar.

As pensões e todos os apoios sociais diminuem 50% (algo que quase leva à demissão do atual Ministro das Finanças que considerou a medida demasiado generosa).


Abril de 2013

O Governo vê-se obrigado a aumentar ainda mais o IRC, o IRS e o IVA para fazer face ao acréscimo da quebra de receitas causadas pela falência em massa das empresas e da generalizada insolvência das famílias. Entretanto com a saída em massa da população o Governo decide fechar escolas e hospitais. António Mexia acumula agora a pasta da Economia com a da Saúde e da Educação

Sem dinheiro para as balas a polícia passa a andar desarmada.

A criminalidade dispara.


Maio de 2013

As empresas denunciam aquilo a que chamam uma verdadeira perseguição e fiscal, e somada aos significativos aumentos nos impostos (IRC) começam a abandonar o país em grande número. A emigração continua também a ocorrer em grande número com todas as vantagens que isso tem para o país. Somando o efeito da emigração ao da fuga de empresas, o desemprego decresceu de 35% para 25% em apenas três meses de governação. Devido ao elevado IRC e à elevada oferta de mão-de-obra, os salários dos trabalhadores descem vertiginosamente.

Começa a censura nos meios de comunicação social.


Junho de 2013

As empresas lucrativas que ainda não fugiram do país são nacionalizadas e começam a dar prejuízo. O sector produtivo português está destruído e o desemprego aumenta descontroladamente. Os emigrantes, necessários ao país, continuam a partir. As despesas sociais aumentam descontroladamente. Para fazer face a estas despesas é necessário aumentar IRS de tal forma que a classe média alta atinge o limiar de pobreza.

O Governo controla agora por completo os meios de comunicação. Há uma censura feroz e só passam para a opinião públicas notícias favoráveis ao governo.


Julho de 2013

O défice descontrolado atinge os 28% e a UE convida Portugal a abandonar a zona euro e a UE.

Já não há emprego, só na função pública. O desemprego atinge os 40% da população ativa.


Agosto de 2013

Já não há empresas a abandonar o país porque já não há empresas.

O défice, esse, continua a aumentar descontroladamente.

Portugal abandona a UE e a NATO por já não ter dinheiro para pagar ao exército, os equipamentos militares são vendidos a preço de saldo a países do Médio Oriente e África.

Os Açores são vendidos aos EUA e de imediato Alberto João Jardim decreta a independência da Madeira.


Setembro de 2013

Lisboa é agora uma das cidades mais perigosas do mundo. Já quase não há polícia por falta de verbas e absolutamente impensável sair de casa à noite. Lisboa é agora a capital europeia do tráfico de droga. Já não há dinheiro para assegurar todos os apoios sociais e direitos garantidos dos trabalhadores.

O sistema de Segurança Social entra em rutura.


Outubro de 2013

A Troika abandona Portugal por já não haver nada a fazer e o Primeiro Ministro congratula-se por Portugal ter regressado de novo aos mercados de imediato faz um acordo vantajoso com o Brasil em troca de uma parte do pagamento da divida portuguesa transforma o Alentejo num enorme campo prisional para os criminosos brasileiros.

Os portugueses sem qualificações começam também a procurar outras paragens e muitos emigram para países com melhor qualidade de vida, nomeadamente para Cabo Verde.


Novembro de 2013

O Brasil é agora considerado o País mais seguro do mundo, a criminalidade é residual.

Portugal assina vários acordos com empresas farmacêuticas e de transplante de órgãos, devido ao elevado número de mendigos que começam a desaparecer surgem rumores de que Portugal é agora o paraíso para o tráfico de órgãos e experiencias cientificas não aprovadas em humanos.

O desemprego está agora em 60% e os salários são cada vez mais baixos. Os hospitais já não funcionam por falta de médicos e de verbas. Lisboa é agora uma cidade mais perigosa que Damasco. Na ONU discute-se uma intervenção em Portugal.


Dezembro de 2013

Chega o Natal. Moçambique é agora um dos destinos preferidos dos emigrantes portugueses, que invejam o seu sistema público de saúde.

O Ministro da Economia mostra-se surpreendido com o sucesso económico de Portugal, onde a fome atinge apenas 45% da população contra os 57% na Coreia do Norte. No entanto, a maioria dos indicadores sobre a qualidade de vida coloca Portugal abaixo da média dos países da África sub-sariana. Chega-se ao fim de 2013 com um défice foi de 128%, mas o desemprego mantém-se estável, ligeiramente acima dos 70%.


Janeiro de 2014

A fome e as doenças contagiosas em Portugal são generalizadas. Já não existe polícia por falta de verbas, e a criminalidade e as máfias dominam o país. Damasco parece o paraíso.


Fevereiro de 2014

Os Estados Unidos declaram que possuem informações sobre a existência de fábricas de produção de armas de destruição maciça em Portugal que estão a ser vendidas ao Irão em troca da compra da dívida e invadem o país anexando Portugal à recente província americana no Atlântico, The Azores.
 
 
Alexandre Sebastião

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