quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Que futuro deve seguir o PSD?...



Sá Carneiro deixou-nos há 32 anos… A sua morte, para uns dizem que é acidente, para outros mantêm a mesma tese: Atentado.
Ao longo destes 32 anos, o Partido Social Democrata andou a desviar-se da sua génese inicial e sobretudo não conseguiu dar continuidade ao caminho que Sá Carneiro estava a iniciar fazer quando venceu, com conjunto com o CDS e o PPM, nas Eleições Legislativas de 2 de Dezembro de 1979.
Sá Carneiro não é um mito! Sá Carneiro é uma inspiração para mostrar que em tempos de crise a liberdade, a igualdade e a solidariedade é necessária para os portugueses.
Durante estes 32 anos, o PSD ganhou muitas eleições… Umas imbatível, recordando as mais de quatro dezenas de vitórias de Alberto João Jardim no Governo Regional da Madeira, outras por mérito, recordando as vitórias em autarquias difíceis como Lisboa e Porto (Santana Lopes e Rui Rio, respectivamente) e outras por oportunismo puro…
Sá Carneiro se estivesse vivo hoje, já tinha criado um novo partido isoladamente. E as razões são bem claras! O actual PSD não têm na sua matriz ideológica a Social-Democracia. E é por estas e por outras razões que Sá Carneiro não e um nome é uma visão clara do futuro de Portugal.
O actual Governo desviou-se totalmente na sua matriz principal ideológica que nos deixou como legado. Onde estava com a cabeça de Pedro Passos Coelho quando chumbou o PEC IV e se convocou eleições legislativas (e consequentemente a presença da Troika)?
Passado um ano e meio depois das eleições, começa-se a revelar qual o caminho que o Governo e alguns militantes do PSD decidiram seguir: Para o Abismo.
Passos Coelho já acusou os portugueses de ‘piegas’, de ‘histéricos’, de ‘cigarras’, de ‘incompetentes’ e de medrosos por não quererem aceitar as mudanças. Este tipo de acusações a um povo é Social-Democracia?... Claro que não! Os Portugueses nunca foram ‘piegas’ porque sabem caminhar sem fazer a política do ‘choradinho’. Os Portugueses nunca foram ‘histéricos’ porque estão a defender o que é seu por direito. Também nunca foram ‘cigarras’ porque não passam a vida a dar ordens e sempre foram subservientes e sustentáveis. Nunca foram ‘incompetentes’ nem medrosos, porque todos os Homens e Mulheres de Portugal nunca tiveram medo!
Nos tempos que correm, as pessoas manifestam-se o seu descontentamento a ponto de chegar haver desordem. Mas o bom senso de muitas pessoas, é que dão melhor credibilidade do que defendem para o seu partido ou mesmo o seu país. No dia em que se comemora 32 anos da morte de Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro, um grupo de militantes do PSD lançaram um desafio a todos os militantes ‘descontentes’ (ou ‘desencantados’) com o actual Governo, uma petição de 2 500 assinaturas para a convocação de um Congresso Extraordinário do PSD. No meu ponto de vista, é muito pertinente e ao mesmo tempo tenta-se debater o caminho que todos os Sociais-Democratas querem seguir.
Os Portugueses já sentem esta agonia do abismo e a Social-Democracia é a saída para o fim do mesmo e desta agonia que os portugueses vivem diariamente e que se vai tornando insuportável. Mas chamo atenção que não é a Social-Democracia que Passos Coelho defende, em conjunto da ‘corja’ de oportunistas que estão associados em associações secretas como a Maçonaria! Porque foi à custa da Maçonaria que mataram Francisco Sá Carneiro!
A todos os militantes do PSD que queiram convocar este congresso extraordinário façam o favor de assinarem a petição e devolver o partido aos militantes base e sobretudo voltar à ideia de Sá Carneiro! Paz, Pão, Povo e Liberdade!

Para mais informações sobre esta iniciativa:
Página de Facebook: http://tinyurl.com/congressoextraordinariodopsd
Blog: http://congressoextraordinariodopsd.blogspot.com/
Grupo de Facebook: https://www.facebook.com/groups/555609044456526/


Miguel Couto

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Unicórnio da Coreia do Norte e o Pedro Pinto do PSD


Arqueólogos da Coreia do Norte que provaram a existência do Unicórnio estão a caminho de Portugal para ver a vitória do Pedro Pinto do PSD nas autárquicas  em Sintra.

Pode ser o início de uma longa relação entre o Governo Português e o prodigioso regime da Coreia do Norte. Após o elogio de vários analistas políticos norte-coreanos pelas medidas previstas no orçamento para a apropriação do capital ganho de forma honesta pelos trabalhadores de Portugal eis que a relação entre estes dois países encontra aqui uma nova forma de aproximação cultural.

Os arqueólogos coreanos provaram a existência dos unicórnios Fonte esta notícia curiosamente surge no momento em que a malta do PSD de Lisboa decide candidatar Pedro Pinto a Sintra.

Este facto caiu que nem uma bomba junto da comunidade arqueóloga da Coreia do Norte que de imediato encetou todas diligências diplomáticas para enviar uma equipa de de analistas, nos quais se encontram os arqueólogos que provaram a existência do Unicórnio, para acompanharem este caso de estudo, segundo as últimas informações já estão a caminho de Portugal via Pequim.

(qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência)

Alexandre Sebastião

domingo, 25 de novembro de 2012

Segue, Segue, Segue..

Não sei porquê mas lembrei-me do PSD a pensar nas próximas eleições autárquicas.

Alexandre Sebastião

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Portugal e o seu Governo Liberal-Comunista

Pensava que já tinha visto todas as formas pornográficas de misturar conceitos e ideologias, já vi quem quisesse juntar nacionalismo a socialismo e pensava que tinha visto tudo mas esta malta que nos governa para além do experimentalismo económico nunca tentado em mais sitio nenhum resolveu finalmente esquadrar este experimentalismo com uma nova doutrina.... o Liberalcomunismo.

Se isto se traduzisse no nome de um partido seria algo como... Partido Liberal Comunista Português (PLCP).

Como num regime comunista este governo apropria-se do capital que auferem os trabalhadores de forma autoritária e usa esse capital da forma que melhor entende ser as necessidades do Estado ou seja de todos, sendo o Estado o que melhor é capaz de entender o que é o melhor para satisfazer a necessidade do colectivo.

Eis que o  secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, lançou hoje um desafio às empresas para que incluam o passe social nas negociações colectivas de trabalho que   na "negociação colectiva com os seus trabalhadores" as empresas incluam "um passe social no conjunto de regalias oferecidas. Fonte

Entenderam? eu também não

Vejamos, em sociedades como a dos EUA o trabalhador recebe o ordenado bruto e depois aplica parte do seu capital da forma que mais lhe convém, o trabalhador negoceia com a empresa que para além do ordenado bruto a empresa lhe pague diversos seguros (médicos, escolares, etc) ... certo isto é um regime liberal.

Nós por cá temos um Governo que nos come o quer no ordenado e depois convida as empresas a darem as regalias que o Estado devia de nos dar.

Só me falta encontrar o hino para este regime Liberal-Comunista.


Alexandre Sebastião

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A equipa "B" do PSD - O SUPRAPARTIDARISMO

Começou com o Menezes e promete tornar-se moda nos candidatos do PSD às próximas autárquicas.

Militantes de muitos anos no PSD com cargos em diversos órgãos internos e conscientes de que o PSD vai ser varrido do mapa autárquico nas próximas eleições autárquicas descobriram agora uma "nova ideologia" o "Suprapartidarismo". Como militante que sou do PSD de imediato fiquei intrigado, "que raio, que novo conceito é este que está a nortear o PSD para as autárquicas" - disse eu cá para os meu botões.

De imediato fui pesquisar que ideologia era esta, do que pesquisei encontrei isto
"suprapartidarismo ainda não possui nenhuma definição.

Ajude a documentar o português de uma forma mais social!

Seja o primeiro a definir suprapartidarismo! "
 
Como se vê  fui convidado a definir "Suprapartidarismo" - "Eu? definir suprapartidarismo? - Se em todo o mundo ainda ninguém conseguiu definir isto vou ser eu a fazê-lo?" - pensei mais uma vez cá para os meus botões... e não aceitei esta grande responsabilidade.

Não me dei por vencido apesar deste primeiro desaire e lá conclui que se há quem defenda que existe Suprapartirarismo terá de existir Suprapartidários e finalmente tive sorte e encontrei o que é um Suprapartidário.

1. Que está acima da ideologia de qualquer partido. Fonte
2. É uma ideia que está acima dos partidos. Seria de interpretar como uma ideia que não se choca, e até atende, os ideais de todos os partidos. Fonte

Finalmente fiquei esclarecido vamos ter candidatos do do PSD, militantes do PSD, que se comprometeram a defender a vertente ideológica do PSD mas que estão acima da ideologia de qualquer partido (PSD, PS, CDS, PCP, BE, MRPP, PNR, ....) e que atendem aos ideais de todos os partidos (PSD, PS, CDS, PCP, BE, MRPP, PNR, ....).
 
Finalmente encontrei a explicação.
 
Entenderam? 
 
Eu também não.
 
 
Alexandre Sebastião
 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Moção de censura à comissão política nacional do PSD

Vamos tirar o coelho da cartola.

Está em marcha a convocação de um Congresso extraordinário no PSD.

Companheiros temos todos de mostrar que o PSD é do PSD.

Os documentos que vou disponibilizar devem ser enviados em carta registada ao Presidente da Mesa do Congresso Fernando Ruas para a seguinte morada

R. de São Caetano, 9
1249-087 Lisboa


Pedido de convocação do Congresso Extraordinário
 https://docs.google.com/file/d/0B-K2Djn1dEh5NVZHRU42aUNGd28/edit

 Lista de Signatários para a Convocação do Congresso Extraordinário
  https://docs.google.com/file/d/0B-K2Djn1dEh5cF9hOXNKNHJCcW8/edit

 Lista de Signatários para a Convocação do Referendo
 https://docs.google.com/file/d/0B-K2Djn1dEh5ekVfRUhOVFl6Qms/edit

 Ficha Individual para a Convocação do Referendo
 https://docs.google.com/file/d/0B-K2Djn1dEh5NlRVdnVaM3BpU2s/edit

Só são necessários 2500 militantes para convocar este congresso.

Alexandre Sebastião



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Portugal 2013

Janeiro de 2013
Surgem os primeiros sinais do cumprimento dos objetivos do orçamento, a maioria das pessoas começa a ter de optar entre comida e a prestação da casa ao Banco

Fevereiro de 2013
Aumenta a pressão dobre o Governo mas o Governo não recua na estratégia orçamental, começam os primeiros distúrbios violentos, alguns polícias recu
sam controlar a ação dos manifestantes.

Muitas famílias da classe média recorrem agora aos bancos alimentares.


Março de 2013

Conhece-se o défice de 2012 que ficou perto dos 10% e dá-se pela primeira vez uma reformulação governamental de fundo, Vítor Gaspar (considerado por Passos Coelho como muito brando) é substituído por Fernando Ulrich e António Mexia ocupa agora a pasta da economia.

O Governo inicia de imediato a guerra à evasão fiscal mas sem qualquer resultado, pois devido ao aumento galopante da economia paralela o sistema não permite determinar quais as empresas que de facto fogem aos impostos e as que não fogem. Na dúvida, todas são obrigadas a pagar, mesmo as que nada deviam.

O horário de trabalho aumenta para as 60 horas sem direito a pagamento de horas extras e as empresas passam a ter o direito de celebrar contratos diários com os trabalhadores.

O Governo oferece passagens de avião a todos os que queiram emigrar.

As pensões e todos os apoios sociais diminuem 50% (algo que quase leva à demissão do atual Ministro das Finanças que considerou a medida demasiado generosa).


Abril de 2013

O Governo vê-se obrigado a aumentar ainda mais o IRC, o IRS e o IVA para fazer face ao acréscimo da quebra de receitas causadas pela falência em massa das empresas e da generalizada insolvência das famílias. Entretanto com a saída em massa da população o Governo decide fechar escolas e hospitais. António Mexia acumula agora a pasta da Economia com a da Saúde e da Educação

Sem dinheiro para as balas a polícia passa a andar desarmada.

A criminalidade dispara.


Maio de 2013

As empresas denunciam aquilo a que chamam uma verdadeira perseguição e fiscal, e somada aos significativos aumentos nos impostos (IRC) começam a abandonar o país em grande número. A emigração continua também a ocorrer em grande número com todas as vantagens que isso tem para o país. Somando o efeito da emigração ao da fuga de empresas, o desemprego decresceu de 35% para 25% em apenas três meses de governação. Devido ao elevado IRC e à elevada oferta de mão-de-obra, os salários dos trabalhadores descem vertiginosamente.

Começa a censura nos meios de comunicação social.


Junho de 2013

As empresas lucrativas que ainda não fugiram do país são nacionalizadas e começam a dar prejuízo. O sector produtivo português está destruído e o desemprego aumenta descontroladamente. Os emigrantes, necessários ao país, continuam a partir. As despesas sociais aumentam descontroladamente. Para fazer face a estas despesas é necessário aumentar IRS de tal forma que a classe média alta atinge o limiar de pobreza.

O Governo controla agora por completo os meios de comunicação. Há uma censura feroz e só passam para a opinião públicas notícias favoráveis ao governo.


Julho de 2013

O défice descontrolado atinge os 28% e a UE convida Portugal a abandonar a zona euro e a UE.

Já não há emprego, só na função pública. O desemprego atinge os 40% da população ativa.


Agosto de 2013

Já não há empresas a abandonar o país porque já não há empresas.

O défice, esse, continua a aumentar descontroladamente.

Portugal abandona a UE e a NATO por já não ter dinheiro para pagar ao exército, os equipamentos militares são vendidos a preço de saldo a países do Médio Oriente e África.

Os Açores são vendidos aos EUA e de imediato Alberto João Jardim decreta a independência da Madeira.


Setembro de 2013

Lisboa é agora uma das cidades mais perigosas do mundo. Já quase não há polícia por falta de verbas e absolutamente impensável sair de casa à noite. Lisboa é agora a capital europeia do tráfico de droga. Já não há dinheiro para assegurar todos os apoios sociais e direitos garantidos dos trabalhadores.

O sistema de Segurança Social entra em rutura.


Outubro de 2013

A Troika abandona Portugal por já não haver nada a fazer e o Primeiro Ministro congratula-se por Portugal ter regressado de novo aos mercados de imediato faz um acordo vantajoso com o Brasil em troca de uma parte do pagamento da divida portuguesa transforma o Alentejo num enorme campo prisional para os criminosos brasileiros.

Os portugueses sem qualificações começam também a procurar outras paragens e muitos emigram para países com melhor qualidade de vida, nomeadamente para Cabo Verde.


Novembro de 2013

O Brasil é agora considerado o País mais seguro do mundo, a criminalidade é residual.

Portugal assina vários acordos com empresas farmacêuticas e de transplante de órgãos, devido ao elevado número de mendigos que começam a desaparecer surgem rumores de que Portugal é agora o paraíso para o tráfico de órgãos e experiencias cientificas não aprovadas em humanos.

O desemprego está agora em 60% e os salários são cada vez mais baixos. Os hospitais já não funcionam por falta de médicos e de verbas. Lisboa é agora uma cidade mais perigosa que Damasco. Na ONU discute-se uma intervenção em Portugal.


Dezembro de 2013

Chega o Natal. Moçambique é agora um dos destinos preferidos dos emigrantes portugueses, que invejam o seu sistema público de saúde.

O Ministro da Economia mostra-se surpreendido com o sucesso económico de Portugal, onde a fome atinge apenas 45% da população contra os 57% na Coreia do Norte. No entanto, a maioria dos indicadores sobre a qualidade de vida coloca Portugal abaixo da média dos países da África sub-sariana. Chega-se ao fim de 2013 com um défice foi de 128%, mas o desemprego mantém-se estável, ligeiramente acima dos 70%.


Janeiro de 2014

A fome e as doenças contagiosas em Portugal são generalizadas. Já não existe polícia por falta de verbas, e a criminalidade e as máfias dominam o país. Damasco parece o paraíso.


Fevereiro de 2014

Os Estados Unidos declaram que possuem informações sobre a existência de fábricas de produção de armas de destruição maciça em Portugal que estão a ser vendidas ao Irão em troca da compra da dívida e invadem o país anexando Portugal à recente província americana no Atlântico, The Azores.
 
 
Alexandre Sebastião

Será que o BPI aguenta o senhor que tem os dentes sujos?


Se não estão sujos parecem. No mínimo estão mal tratados o que diz muito de um capitalista que se acha no direito de dar palpites sobre o destino de todo um povo, pois nem sequer consegue tratar da sua higiene oral quanto mais da sua higiene mental.

Se a estupidez pagasse imposto a frase deste capitalista - “O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta”- chegava e sobrava para pagar toda a nossa divida. 

Passo a explicar, não foi inocente que associada àquela frase surge esta imagem, o fotógrafo e os editores não se pouparam e meterem a pior imagem possível deste homem e assim começou, primeiro da boca do próprio e depois com a imagem, uma campanha negativa sobre o homem e por arrasto pelo Banco que preside, o BPI.

Não sei se ele sabe mas o negócio dele é vender, ou se esqueceu ou é arrogante. Qualquer aluno de um qualquer curso profissional de Marketing, Publicidade ou Relações Públicas sabe que uma má imagem demora uma eternidade a ser desfeita, um medicamento estragado é o suficiente para lançar um clima de suspeição por todos os medicamentos daquela marca, neste caso o medicamento estragado é o senhor dos dentes que parecem sujos.

Durante todo o próximo ano sempre que as pessoas receberem o ordenado e virem lá menos umas dezenas ou centenas de euros vão pensar um muitas pessoas e uma delas é neste senhor e no Banco a que ele preside. 

Não desejo mal nenhum ao BPI nem a quem lá trabalha honestamente mas gostava muito que a campanha negativa que o senhor dos dentes que parecem sujos se tornasse numa campanha tipo - "Será que o BPI aguenta continuar a ser presidido pelo senhor que tem os dentes que parecem sujos?"



Alexandre Sebastião

sábado, 27 de outubro de 2012

É a economia estúpido!



Sandra tem 35 anos, trabalha como administrativa numa empresa de serviços, recebendo um salário bruto de 750 Euros, o que representa um ordenado líquido de 635. Casada com Hugo, de 37 anos, que trabalha numa empresa no sector da contabilidade tendo como rendimento, mais ou menos o mesmo de Sandra. Nem sempre foi assim, há dois anos a empresa de prestação de serviços de contabilidade em que Hugo trabalhava fechou, colocando-o no desemprego, teve sorte de rapidamente arranjar uma alternativa, mas o seu rendimento baixou significativamente, e desde então tem tentado arranjar outra colocação, mas sem sucesso, até que se resignou, a esperar por melhores dias. Em 2008, nasceu a pequena Joana, única filha do casal, tendo portanto agora quatro anos de idade.
A história passa-se em Janeiro de 2013, com Sandra sentada na cozinha do apartamento que o casal comprou em 2005, num subúrbio da capital de um qualquer país resgatado pela Troika, que faça fronteira com Espanha. Sabe que os próximos ordenados vão ser menores, espera pela transferência para saber ao certo quanto, mas espera qualquer coisa entre os 120 e os 150 euros, ou seja, vai passar a viver com cerca de 1350 Euros.
Discorre sobre o assunto e sente-se assustada. O empréstimo da casa, pese embora tenha baixado muito nas prestações, na verdade leva metade desse rendimento, e com os cortes que o casal tem sofrido, Sandra e Hugo têm abdicado de tudo para manter o essencial, e para que nada falte à filha. “150 Euros fazem muita falta, onde vou eu cortar 150 Euros” eleva a voz angustiada. Na alimentação é impossível, estão nos mínimos, nos transportes, não consegue, porque ambos necessitam de se deslocar para chegar aos empregos, o segundo carro do casal desapareceu em 2010, para fazer frente à situação de Hugo. O outro é necessário, absolutamente necessário, para as deslocações de Sandra e de Joana.
Apenas lhe sobra o colégio de Joana, a última coisa que Sandra queria cortar, mas perante a evidência dos números, a única alternativa viável, são 250 Euros mensais, e tem a consciência que não os pode suportar. Aliás, já há em Setembro hesitou na inscrição, e já teve atrasos na prestação, que aliviou quando recebeu o subsídio de natal. Chama Hugo que se encontrava na sala a assistir à televisão, sem TV Cabo há largos meses, e comunicou-lhe que iria retirar Joana do colégio, a partir de Fevereiro. Hugo, como em outras situações acedeu, sentia uma certa vergonha, mas não estava em condições contrapor.
Na manhã seguinte Sandra sai mais cedo de casa, com tempo suficiente para avisar Helena, a directora e proprietária do Colégio frequentado por Joana, da decisão do casal. Helena, confrontada com a decisão, não disfarçou o incómodo, só nesta semana era a terceira notícia destas que recebia, e o colégio que montou há uma década nunca tinha passado por uma situação semelhante, já aguentava seis meses em prejuízo, tendo perdido metade das crianças inscritas. A sua angústia prendia-se com a decisão que teria de tomar, tinha de despedir mais pessoas, pelo menos uma, para evitar fechar, e tentar obter algum sustento para si, que mercê das circunstâncias, também já tinha reduzido todas as despesas, pessoais e do colégio ao mínimo, vivia das poupanças dos tempos melhores.
Avançou para a decisão, chamou Susana, e comunicou-lhe que teria de prescindir dos seus serviços, e consequentemente dos 500 Euros mensais que auferia. No entanto, esta estaria protegida pelo subsídio de desemprego que duraria pelo menos quinze meses, e que apesar de tudo não representa um rendimento tão diferente do que tem hoje em dia. Susana, que já esperava a notícia há algum tempo conformou-se, afinal iria receber a indemnização e depois o subsídio, nos primeiros tempos até estaria melhor, depois se veria.
Helena sabia que ainda não era suficiente, e terminado o dia de trabalho, pediu para falar com a sua emprega doméstica, que todas as semanas se deslocava à residência, e propor-lhe a redução para 2 dias por mês, esta situação, já a andava a evitar há algum tempo, uma vez que Rosa, a sua empregada, se encontrava inscrita na Segurança Social, e a lei exige um mínimo de 30 horas mensais, a redução implicava a renúncia de contrato, e o cair de Rosa fora do sistema de protecção, mas não tinha alternativa. Confrontada, com a nova realidade, e sabendo os problemas porque Helena passava, Rosa acedeu, perdia 2 dias e a Segurança Social, “mas que raio, vão-se os anéis ficam os dedos”.
Voltando a Sandra, tinha agora um outro problema para resolver, onde colocar Joana nas horas de trabalho, nos dias seguintes deixou-a com a mãe, Maria Augusta de 67 anos, viúva que toda a vida tinha sido doméstica e que sobrevivia com uma pequena pensão de 400 Euros, que ficou da morte do marido há 3 anos.

Sandra, não estava contente com a situação, sabia que a mãe era uma mulher doente, com várias complicações cardio-vasculares, e que não vivia de forma desafogada, antes pelo contrário. Os 400 Euros eram esticados de uma forma quase olímpica para durarem os 30 dias. A farmácia era um problema, os medicamentos do coração, custavam 60 Euros, a renda da casa, embora antiga, estava agora nos 75, mercê da nova lei das rendas, a electricidade tinha aumentado, e já não podia reduzir o consumo, a sua alimentação e as restantes despesas davam conta do rendimento até ao último cêntimo, e parecendo que não, tanto por questões económicas como de saúde uma criança 8 horas ao dia, não era aconselhável.
Sandra pediu à mãe, e no primeiro dia de Fevereiro, lá ficou a pequena Joana. Não sabia por quanto tempo, uma vez que Sandra vasculhou nos estabelecimentos do pré-escolar e vagas nem uma, talvez em Setembro diziam-lhe. Combinaram que a avó trataria da alimentação da criança, ajuda concedida por Maria Augusta sem saber muito bem como a suportar, uma vez que faltavam dez dias para receber a pensão, e o dinheiro estava mesmo a acabar, e ainda faltava a farmácia, que dentro de dois dias os medicamentos do coração acabavam, “mas que raio era sua neta”, tinha de ajudar, e coitada da filha tão angustiada que andava.
Maria Augusta lembrou que 6 meses antes tinha estado duas semanas sem tomar um dos medicamentos do coração, que estava esgotado e que não sentiu grandes diferenças, agora seriam 8 dias, e podia suportar a alimentação da neta e assim ajudar a filha. No dia seguinte, dirigiu-se à farmácia habitual, e pediu para não lhe aviarem o medicamento mais caro, ficando a receita para dia 11 ou 12, altura em que receberia nova pensão.
Joana estava numa idade complicada e exigia muito da avó, que chegava às 18h30 de cada tarde exausta, e era com alívio que via chegar Sandra, para recolher a filha, o cansaço ia-se acumulando, mas não se queixou, uma vez que estava convencida que dentro de poucos dias estaria habituada. Na tarde do dia 6, sentiu tonturas quando estava a arrumar os pertences da neta, antes da filha a vir buscar.

Quando por volta das 18h40 Sandra entra em casa da mãe encontra-a prostrada no sofá, com a neta a brincar aos seus pés. Chama uma ambulância, e encaminha a mãe para o hospital mais próximo, onde lhe é diagnosticado um Acidente Vascular Cerebral (AVC), felizmente ainda a tempo de ser socorrida, mas exigindo internamento nos próximos 15 dias, e uma bateria de exames e tratamentos. No dia da alta, mercê do novo sistema de informação ao utente do Serviço Nacional de Saude, Sandra é informada que o tratamento da mão, embora quase gratuito, tinha custado 10 787 Euros, aos quais irá acrescer os tratamentos futuros, alguns para a vida toda.
Poderia continuar a acrescentar personagens e situações a esta história. Não é necessário, o ponto é o seguinte o Estado vai retirar a Sandra e Hugo no mês de Janeiro 150 Euros, receita fiscal efectiva liquidada, com isto perdeu directamente 15 euros do IVA do colégio de Joana, portanto ficamos com 135, perdeu 55 Euros da Segurança Social de Susana, e 20,55 Euros das contribuições de Rosa, portanto 75,55 Euros, ficamos com 59,45 Euros de receita efectiva, com os quais terá de enfrentar o subsídio de desemprego de Susana que serão 400 Euros, e os tratamentos de Maria Augusta.
Não tenho dúvidas, isto vai resultar.

António Vicente
P.S. Aconselho ao ministro Gaspar o filme The Butterfly Effect , ajuda à compreensão do acima exposto

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O Pior Ministro da Educação de Sempre


A educação é um pouco como o futebol, só porque a malta deu uns toques numa bola quando são adultos todos se acham os melhores treinadores de bancada, com a educação é o mesmo, só porque a malta andou na escola todos acham que percebem muito do assunto. Então se o Ministro da Educação for simpático e sorridente para a comunicação social, então é porque deve estar a trabalhar bem.

Enfim se os professores protestam é por uma qualquer razão corporativa e não são levados a sérios.

As questões que denuncio são técnicas e nem sempre são entendidas, hoje vou falar da última aberração deste Ministro da Educação de forma o mais simples possível  para que todos possam perceber.

1 -  Há dois tipos de escolas, as TEIP e as outras;
2 - As TEIP têm autonomia para contratar os professores, as outras não;
3 - Nas outras os professores são colocados em concurso nacional onde apenas conta a sua graduação profissional (tempo de serviço mais a classificação académica e profissional);
4 - Nas TEIP há um concurso de escola onde a graduação profissional conta 50% e os outros 50% fica ao critério da escola TEIP;
5 - Ora estes últimos 50% gerou muita polémica pois as escolas colocavam critérios de tal forma que só faltava lá meter o nome do professor (e houve um caso em que uma escola meteu mesmo);
6 - Quando este ano lectivo se iniciou as escolas TEIP contrataram os professores que precisavam sendo que esses professores saíram do concurso nacional pois já estavam colocados numa escola;

---- estenderam até aqui? boa-----

7 - Eis que o nosso Ministro decidiu, em 16 de Outubro de 2012, esclarecer que subcritérios (os últimos 50%) podiam ou não podiam ser usados pelas escolas

"Não são admissíveis subcritérios de entrevista (perguntas) ou avaliação curricular (itens) que violem os princípios da legalidade e igualdade entre os candidatos, a que a Administração está vinculada, nomeadamente:
a) continuidade pedagógica ou lecionação no estabelecimento de ensino em anos anteriores;
b) experiência de ensino na escola TEIP que procede à oferta de escola;
c) experiência de ensino em determinada oferta educativa ou formativa (ex: cursos CEF, EFA e cursos profissionais, formação modulares e CNO);
d) conhecimento da realidade socioeconómica do agrupamento;
e) critérios de seleção em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território, religião, convicções políticas ou ideológicas, situação económica, condição social ou orientação sexual."
Fonte

8 - Estes subcritérios acima mencionados foram os mais usados pelas escolas TEIP;
9 - Até aqui tudo bem, corrigiu algo que podia estar menos bem mas depois decidiu isto

"Na sequência das averiguações desenvolvidas pela Inspeção Geral da Educação e Ciência relativamente às contratações de professores, foram verificadas em algumas escolas incorreções na aplicação do quadro legal em vigor nas contratações de escola. Assim, o Ministério da Educação e Ciência, através do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, determinou a anulação dos procedimentos concursais nos casos em que se registaram desconformidades que comprometeram a legalidade das contratações.

Para assegurar que não há qualquer interrupção das atividades letivas dos alunos, os contratos em causa só serão anulados no momento da entrada do novo docente, se a tal eventualmente houver lugar, isto é, se a repetição dos procedimentos do concurso resultar na seleção de outro candidato.

Relativamente aos professores, será acautelada a contagem do tempo de serviço e a remuneração já recebida, devendo estes docentes regressar à reserva de recrutamento caso tenham concorrido ao concurso para a satisfação das necessidades temporárias. Podem ainda, naturalmente, candidatar-se à mesma oferta de escola onde inicialmente tinham sido colocados." Fonte

------continuam a entender?---!!!---

10 - Podem pensar que isto apenas afecta os professores e que "pronto é um problema da classe dos professores e não me afecta a mim", mas não é verdade afecta o funcionamento das escolas e os alunos que em vez de terem um professor têm mais do que um, o que é mau, pergunto-vos se estiverem numa mesa de cirurgia com o cirurgião que já conhecem o trabalho gostavam de o ver substituído a meio da operação? Pois.. os alunos também não.


Alexandre Sebastião


terça-feira, 23 de outubro de 2012

O primeiro salário de Janeiro de 2013



Hoje em conversa com uma senhora, bem formada, que trabalha numa área onde tem alguma informação financeira, lá me dizia ela que para o ano "temos de nos aguentar" e quando lhe começava a explicar lá retorquía ela que "pois as pessoas têm de baixar um pouco o seu nível de vida".

Por fim acho que me consegui fazer entender pois quando a deixei ela não tinha o mesmo brilho nos olhos. Na verdade não se trata de "aguentar" nem de "baixar um pouco o nível de vida", não se vai aguentar porque se vai cair para o ZERO. 

Os Bancos fizeram o "favor" de sobre-avaliar as casas há uns anos e a pessoas naturalmente adequaram a sua vida ao que ganhavam. Agora ganham menos e vão ganhar ainda menos, numa situação normal o que deviam fazer era vender a casa e comprar uma casa mais modesta e adequada à sua nova realidade orçamental. Pois é... mas mesmo que consigam vender a casa ninguém lhes paga o valor pelo qual o Banco as avaliou. Num País decente devíamos poder entregar a casa ao Banco e ficar com a divida saldada, afinal se o Banco lhe atribuiu aquele valor só tinha mais era que assumir a avaliação que fez. 

Ou seja temos um Estado e um Mercado Interno que não só nos penaliza no ordenado como ainda nos cria todo um conjunto de dificuldades para que o individuo possa voltar ao Mercado com liquidez.

Actualmente já há muitas famílias que a 15/20 dias de receber o próximo salário já não têm dinheiro, para o ano será bem pior muito pior. 

A questão que quero aqui levantar é a do primeiro salário de 2013, todos os dados técnicos que aparecem nos meios de informação (alguns mal feitos), a maioria das pessoas não entende, acredito mesmo que a maioria pense que "esta coisa que andam a falar do IRS" se referira a qualquer penalização que vão ter quando apresentarem a declaração de IRS.

Acredito mesmo que só no dia em que recebam o primeiro salário de 2013 é que se apercebam que vão ganhar menos por mês e que nesse dia percebam que não vão conseguir assegurar todas as suas responsabilidades.

Acho bem que os actuais governantes andem protegidos por muita segurança pois depois de Janeiro não sei bem o que pode acontecer.

Alexandre Sebastião

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

'Desorçamento' de Estado

Ao longo da história da III República, todos os Orçamentos de Estado sempre foi a cortar pouco na despesa e aumentar sempre a receita fiscal. Nunca se pensou no futuro do Estado, na saúde dos portugueses, na Segurança Social dos portugueses que neste momento está frágil…

Foi preciso dois dias e meio para entregar 10 discos amovíveis portáteis (ou na gíria popular por ‘pens’ esquecendo-se que não são canetas de dados…) e um caderno grosso à Senhora Presidente da Assembleia da República para nos dizer que a equação da receita e da despesa não passa de 80% e 20%, respectivamente.

Depois de um documento entregue, apresenta ao país, numa conferência de imprensa, dando uma ‘gonorreia’ de explicações macarrónicas a ponto do Senhor Ministro das Finanças dizer publicamente que ‘está a retribuir ao Estado Português a educação que lhe foi dada’. Mas desde quando é que o Estado Português têm de ser retribuído, tendo um Ministro que falha nas suas previsões e nas suas contas?... Quem deve estar agradecido ao Estado Português são os países que receberam milhares, ou até mesmo talvez milhões, de jovens que acabaram os seus cursos e que foram obrigados a emigrar porque se sentem ‘empurrados’ ou mesmo marginalizados pelo seu próprio país em não recebê-los e garantir o seu futuro no seu próprio país que tanto amam.

Só dizendo esta última frase, recorda-me uma das minhas intervenções públicas numa Assembleia de Freguesia, durante o mandato de José Sócrates no Governo: «Eu amo o meu país! Amo a minha freguesia! Mas não amo aqueles que nos Governam!» E é verdade!... Por muito que custe dizer, é verdade! Quem é o cidadão luso que não gosta do seu próprio país? Quem é o cidadão luso que não gosta de defender a sua terra? Ou as suas gentes?... Eu diria todos! E isso é motivo de orgulho do Estado Português!
Voltando ao assunto…

A receita vêm sempre dos mesmos do costume… Daqueles que trabalham, daqueles que tentam estabilizar as suas empresas e agora daqueles que não têm a culpa por lhes terem obrigado a irem para o desemprego. No princípio a teoria era baixar a Taxa Social Única das empresas e aumentar a dos trabalhadores. Mas como não reuniu consensos, sejam eles sociais, políticos e institucionais, o povo veio à rua e ganhou essa luta. Mas os dois teimosos compulsivos do costume (estou a falar de Pedro Passos Coelho e Vítor Gaspar) tentaram arranjar outro ‘cambalacho’ para tapar um défice que era para ser de 4,5% para ser em 6%, dado que a ‘troika’ reviu os dados da despesa pública de Portugal. Então reduziu de 8 para 5 escalões de IRS para prejudicar aquele que ganha o salário médio (estamos a falar entre os 750 Euros e os 1000 Euros por mês) e colocando uma sobretaxa de solidariedade (como se eles soubessem o que é isso de solidariedade) de 4% que pode implicar ficar sem um subsídio (seja ele de férias ou de Natal). Mas o mais grave de tudo neste Orçamento, é que aumentam em mais 2% no IRC das empresas o que significava que os cidadãos (sejam eles singulares ou coletivos) sejam todos ricos, mesmo que ganhe uns miseráveis 485 Euros por mês ou que tenha lucros marginais de 5 mil Euros anuais. Já para não dizer o ‘quão’ ridículo de dar 20% de um prémio de jogo de sociedade como o Euromilhões. Já pensaram que em vez de ganhar 15 Milhões de Euros para ganhar 12 Milhões de Euros, fora o resto dos impostos que ainda irá pagar?...
Na despesa… Pois corta-se pouco ou mesmo nada! E ainda querem sugestões?...

O Governo, mais propriamente o Ministro da Economia e da Defesa, foram a correr aos dois telejornais explicar uma cartilha muito mal contada. Mas não pensem que foram os únicos que tentaram explicar mal a cartilha do Ministro das Finanças. Pedro Pinto, membro da Comissão Política Nacional do PSD, numa Assembleia de Militantes da Distrital de Lisboa, andou a falar durante uma hora em disparates e sempre a acusar o PS de ser o único responsável por duplicar o valor da dívida esquecendo-se que o PSD, durante os curtos mandatos que teve, também foi responsável de muitas dívidas que fez no passado e hoje continua a fazer.

Só de ouvir aquela hora de disparates, deu-me vontade de dizer:
Oiça lá Senhor (Pedro Pinto)! Porque esta a contar barbaridades sem nexo e que em nada têm a ver com a questão do Orçamento de Estado? Será que teve a capacidade de fazer algumas contas que os portugueses podem dar?... Dizer que a PT, a EDP e a Galp (os interesseiros do costume) conseguiram obter financiamentos externos é que vai ajudar as pequenas e médias empresas?! Será que está esquecido que os empréstimos obrigacionistas implica que durante 6 anos (recordando o caso PT, que tenho mais conhecimento), a PT têm de devolver com juros esse empréstimo e que nem sempre é externo? Eu já trabalhei para algumas instituições bancárias e posso dizer que o mercado de obrigações basta que alguém tenha dinheiro e não têm rosto porque são as Entidades Financiadoras (neste caso os Bancos com a devia autorização da CMVM – Comissão de Mercados de Valores Mobiliários) que estão a representar esses mesmos investidores. Então que me têm a dizer sobre o empréstimo do Estado de cerca de 600 Milhões de Euros que vamos deixar de pagar para contrair três novos empréstimos, em três diferentes prazos, que totalizam 1 850 Milhões de Euros?...

Não me venham com a desculpa que é do PS, que isso os portugueses já sabem, mas sim de TODOS OS GOVERNOS que geriram mal o país! Uma coisa posso concordar consigo, Sr. Pedro Pinto, que o PSD tinha possibilidades de fazer as reformas estruturais mas não acredito que não tenham tido coragem para executar. Porque para executar essas mesmas reformas é preciso ter dinheiro, que neste momento não existe!

O CDS-PP já começa a demarcar-se de forma discreta mas o Governo já não terá condições para continuar a Governar…
Que venha um Governo de Salvação Nacional de pessoas competentes!


Miguel Couto